Museu de Artes Visuais
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Endereço:
Rua Sérgio Buarque de Holanda, 291 - Prédio do Ciclo Básico II - DLIE - Piso 2, Sala SI-12 - Cidade Universitária “Zeferino Vaz” - Campinas, SP
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secremav@unicamp.br
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Telefone:
(19) 35211472
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Atendimento:
2ª a 6ª: 9h00 - 12h00 / 14h00 - 18h00
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O Museu de Artes Visuais da Unicamp (MAV) é uma instituição pública, de caráter permanente, que tem como missão a exposição, conservação, proteção, valorização e ampliação de seu acervo museológico, arquivístico e bibliográfico, de forma a possibilitar a difusão do conhecimento em artes visuais.  Seus objetivos institucionais pautam-se por programas e projetos que reúnem os pilares da universidade entre ensino, pesquisa e extensão, atentos ao papel a ser desempenhado pelo museu, na atualidade. Nessa direção, o MAV preza pela promoção do intercâmbio artístico, intelectual e científico com diferentes públicos, redes e instituições nacionais e internacionais de finalidade museológica e ou artística e cultural. 

Seu acervo é formado atualmente por 1.380 obras de alguns dos mais importantes artistas visuais brasileiros. Listá-los é tarefa sempre incompleta. Contudo, o panorama geral atesta núcleos concomitantes entre o global e o local que estruturam o atual trabalho do Museu no estudo, reconhecimento e projeção de suas coleções formadas por representantes tais como: Geraldo de Barros, Renina Katz, Marcelo Grassmann, Antonio Henrique do Amaral, Hermelindo Fiaminghi, Hércules Barsotti, Anatol Wladislaw, Fayga Ostrower, Maria Lídia Magliani, Guto Lacaz, Alex Flemming, Alex Cerveny e Nazareno Rodrigues. 

Dentre os principais artistas que promoveram o impulso de modernização das artes visuais na região de Campinas, nota-se: Thomaz Perina, Raul Porto, Mário Bueno e Geraldo Jürgensen. E, entre esses dois núcleos e a universidade, o acervo do MAV apresenta também representativo grupo de docentes artistas, vinculados à Unicamp desde a sua fundação, tais como: Marco do Valle (1954-2018), Bernardo Caro (1931-2007), Fúlvia Gonçalves, Lucia Fonseca, Suely Pinotti, Gilbertto Prado, Ermelindo Nardin, Geraldo Porto, Marco Buti, Luise Weiss, Mauricius Farina e Fernando de Tacca, além de alunos egressos dos níveis de Graduação e Pós-Graduação em Artes Visuais, que vem ocupando a cena artística das últimas décadas: Vânia Mignone, Marcelo Moscheta, Paula Almozara, Thiago Bortolozzo, Fábio de Bittencourt (1964-2019), Beatriz Rauscher, dentre outros. 

A origem do MAV está vinculada às iniciativas do Departamento de Artes Plásticas (DAP) que funda a Galeria de Artes da Unicamp (GAIA), em junho de 1983, como uma Instituição pública estadual e juridicamente autônoma. Estimulada pelos docentes artistas do DAP, o órgão passou a reunir uma série de obras doadas pelos artistas expositores, com o objetivo de constituir um museu de artes para a Unicamp. Trata-se de iniciativa coordenada por Bernardo Caro, docente da área de pintura, primeiro chefe do Departamento de Artes Plásticas (1983) e diretor do Instituto de Artes, na gestão 1987-1990.

A década de 1990 em diante, demarca novo fôlego para a proposta de estabelecimento desse acervo artístico, por ações esporádicas tanto quanto afirmativas. Em 1990, 55 peças da série “Jogos de dados”, de autoria do artista paulistano Geraldo de Barros, um dos fundadores do grupo concretista Ruptura, foram cedidas à Universidade. Em 2002, ocorre a aquisição de um número significativo de trabalhos do artista campineiro Mário Bueno (1919-2001), conjunto formado por 250 peças, entre pinturas; xilogravuras, desenhos, além de documentos pessoais, catálogos, recortes em jornal e revistas sobre sua trajetória, documentos esses, doados pela família. Parte dessas incorporações fundamenta presença da arte abstrata no conjunto daquele acervo em formação que se renova também pela aquisição da coleção Arruda, efetuada em 2007, e composta por um total de 46 obras, a maioria de artistas campineiros do grupo Vanguarda. 

Em 2008, efetiva-se a doação de 300 obras do pintor de origem polonesa Anatol Wladislaw, outro integrante do grupo concreto, do início dos anos 1950. A doação é feita por sua viúva, Blanka Wladislaw, que reconhecia as relações entre o artista e o grupo Vanguarda, bem como sua passagem pela GAIA, com uma exposição realizada na galeria, no ano de 1993. 

Em 2006, visando reformar e ampliar a área física da Galeria por meio de leis de incentivo fiscal, a direção do Instituto de Artes (IA) solicitou a inclusão da GAIA no Cadastro Nacional de Museu, com o título de Museu Universitário de Arte/Unicamp. Buscava-se, assim, dar o primeiro passo para a transformação institucional da galeria em museu, o que possibilitaria a ampliação de seu corpo de funcionários e a implementação de uma política consistente de aquisições. Em 2008, a direção do IA verificou, junto à Reitoria da Unicamp, a possibilidade de a galeria/museu ser transferida à responsabilidade da gestão central da Universidade. Esta ação resultou na designação, em 2009, de um primeiro grupo de trabalho para analisar a proposta de criação do Museu de Artes e propor os fundamentos do projeto. 

Neste contexto, outra ação de suma importância foi a doação de todo o acervo da galeria, cerca de 1.000 obras, para a Reitoria da Universidade, aprovada em 2009. Formava-se, assim, o acervo do futuro Museu de Artes Visuais, constituído por peças de pintura, desenho, gravura, fotografia, escultura, arte correio, livros de artista, instalação, vídeo e outras linguagens contemporâneas, datadas de meados da década de 1980 em diante. 

Partindo das orientações de uma comissão gestora, o MAV foi criado oficialmente em janeiro de 2012 por meio de resolução da Reitoria da Unicamp (GR-004/2012 mais tarde consolidada pela GR-041/2017). Contando apenas com estrutura administrativa e salas de acervo e técnica, o Museu passa a trabalhar, apoiado pela Gestão Central, no sentido da elaboração de um projeto executivo para a construção de sua sede própria. Ao longo de sua primeira década, cumprida em 2012, o MAV e a Unicamp sentem a oscilação das viabilidades financeiras pelas quais passam as Instituições de Ensino Público Superior no país. Por meio de  aproximações institucionais, justificadas por curadorias; ações educativas e pesquisa realizadas nos espaços da Galeria do Instituto de Artes, no Museu de Arte Contemporânea de Campinas, bem como atividades especiais no campus, o MAV promove variados projetos que difundem seu acervo abrindo assim, nova frente de contato entre a universidade, o circuito cultural e a população de Campinas e região. 

Em 2017, a partir da nova estruturação da atual Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (antiga Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários – PREAC), o MAV passou a ser um de seus órgãos vinculados diretamente à Diretoria de Cultura - DCult colaborando com outras atividades artístico culturais dessa esfera. Contudo, com a recertificação da PROEC em 2024, que se tornou Pró-Reitoria de Extensão, Esporte e Cultura (ProEEC), o MAV tornou-se um órgão vinculado diretamente à essa pró-reitoria.

Ao longo dos anos, o MAV implanta, mantém e renova seu conselho executivo formado por docentes e técnicos da Unicamp, incluindo também a representação externa. Esse conselho tem contribuído para a consolidação de sua presença dentro e fora do campus. Além disso, possui uma cadeira de representação no Conselho de Extensão e Cultura da Universidade. 

Em 2022, concluindo um extenso trabalho de atualização dos dados e informações do acervo, bem como atividade de manutenção da higienização e acondicionamento de suas peças, o Museu passa a oferecer possibilidade bastante ampliada para a pesquisa do acervo, também por meio virtual. Parte significativa das atividades virtuais, na forma de webinários, publicações variadas, livros e ensaios podem ser encontrados no site oficial do MAV, assim como em suas plataformas digitais no Youtube, Instagram e Facebook

Em outubro de 2023, amparado pela Diretoria Executiva de Planejamento Integrado (DEPI), o Museu alcança a finalização de seu atual projeto executivo para o prédio sede, que totaliza 660 metros quadrados, na área central da Universidade. Neste mesmo ano, tem finalizada a fase de análises de sua inscrição do Sistema Estadual de Museus - SISEM, bem como mantém-se vinculado às atividades da Rede e do Fórum de Coleções e Museus Universitários que congregam instituições museais de todo o país.

Os textos e imagens constantes desta obra são de responsabilidade exclusiva das unidades envolvidas.

MAV20_MAV_Exposição Paisagem sob Inventário_julho2022_MACCampinas_fotografia Betânia Carvalho.png Exposição - Paisagem sob inventário. Betânia Carvalho, 2022, Campinas.
bgMAV19_MAV_Calourada2020_01março2020_Unicamp.jpg Recepção de Calouros. Instituto de Artes. 2020, Campinas.
4.jpg Exposição Passado e Presente, a África e o Ocidente. Mar. 2018. GAIA, Gisele Bertinato.
2.jpg Exposição Em Visita! Helô Sanvoy e Sérgio Adriano. Ago. 2023. GAIA, Antônio Scarpinetti.
3.JPG Exposição Em Visita! Helô Sanvoy e Sérgio Adriano. Ago. 2023. GAIA, Antônio Scarpinetti.
1.JPG Exposição Em Visita! Helô Sanvoy e Sérgio Adriano. Ago. 2023. GAIA, José Irani Dias Neto.
22.jpg Tacito Carvalho. Claúdio Luiz Garcia. Exposição Paisagem sob Inventário. Julho/2022.
18.JPG Calourada. 20/02/2019. Unicamp.
14.jpg Lucas Tarlau Balieiro. Projeto MAV. 2023.
21.jpg Tacito Carvalho. Exposição Paisagem sob Inventário. Julho/2022.