Informações
Rua Mário Siqueira, 829 – Botafogo – Campinas, SP
cis@unicamp.br
(19) 35216853
2ª a 6ª: 8h30 às 17h30
Vinculado e mantido pela Pró-reitoria de Extensão, Esporte e Cultura (ProEEC) por meio da Diretoria de Cultura da Unicamp, o Centro Cultural de Inclusão e Integração Social (CIS-Guanabara) atende aproximadamente 35 mil pessoas/ano. Realiza importante papel na formação dos seus cidadãos proporcionando o desenvolvimento de projetos e ações nas mais variadas vertentes da arte, cultura e cidadania, reafirmando seu compromisso sociocultural na direção de criar, promover e consolidar-se como um espaço de ofertas públicas de bens e serviços culturais vinculados à promoção da causa da emancipação humana, preceito fundamental da sua criação.
Está sediado em dois imóveis recuperados do conjunto arquitetônico da antiga Estação Guanabara, que foi inaugurada em 1º de março de 1893 pela Cia. Mogiana de Estradas de Ferro. A estação era a partida da Companhia Carril Agrícola Funilense, fundada em 18 set. 1899, futura Estrada de Ferro Funilense (1905), que ligava Campinas à antiga região do Funil, e que hoje compreende as cidades de Cosmópolis e Artur Nogueira. A partir de 1921, a Estrada de Ferro Funilense foi comprada pela Estrada de Ferro Sorocabana, que operou na Estação Guanabara juntamente com a Cia. Mogiana. A Mogiana foi de grande importância para o desenvolvimento econômico da cidade e do estado durante o ciclo da economia cafeeira. A partir dos anos 1950, passa a acumular déficits e mesmo após ter sido incorporada pela então Fepasa S/A, é desativada em 1974.
No final dos anos 1980, dada a relevância histórica, arquitetônica e sociocultural, a Unicamp passou a pleitear junto à Fepasa, então empresa do Governo do Estado de São Paulo, a concessão de parte do complexo da Guanabara. A iniciativa, idealizada pelo historiador Prof. José Roberto do Amaral Lapa, surgiu ainda no final dos anos 1970, mas só se concretizou em 20 de janeiro de 1990, quando foi realizado o comodato de uma área total de aproximadamente 12 mil m², onde estão o prédio principal e o Armazém do Café.
Com a concessão assegurada, a Unicamp iniciou os estudos de recuperação dos imóveis e construção de um Centro de Memória e um Teatro, apresentados na forma de projeto arquitetônico de autoria da arquiteta Lina Bo Bardi, que mesmo passando por adaptações para motivar sua implementação via Lei Rouanet - visando incentivar investimentos culturais por parte das empresas - não obteve êxito. Segundo o entendimento dos gestores à época, havia dois grandes problemas que justificavam esse desinteresse: o elevado custo e a ocupação irregular dos prédios.
Dada a necessidade e urgência de intervenção na área, a Unicamp criou um grupo de trabalho (Portaria GR-007/2004) com a atribuição de elaborar um plano para implantação de atividades visando à legítima ocupação imediata dessas instalações. Em 13 de maio do mesmo ano, o Conselho e Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (CONDEPACC) declarou, por meio da Portaria nº 45, Processo nº 02/96, tombado o conjunto imobiliário da Estação Guanabara, perfazendo cerca de 30 edificações. Assim, na esteira do tombamento, a Unicamp iniciou o processo de desocupação dos prédios, assegurando aos moradores dignidade e assistências necessárias, ação que envolveu a transferência de famílias para o sistema de habitação, assistência social, entre outros. Paralelamente ensaiou os primeiros movimentos de ocupação legal.
Em abril de 2006, já com os prédios desocupados, iniciaram-se as atividades do Centro Cultural, ainda que de forma espacialmente muito restritiva, uma vez que os imóveis ainda necessitavam de grande intervenção. Finalmente na segunda metade de 2007, a Unicamp e a Campinas Decor iniciam a recuperação de ambos imóveis, encerrando o ciclo de longos trinta e quatro anos de abandono. Concluída em 22 de agosto de 2008, a Estação Guanabara foi novamente entregue à sociedade, sediando oficialmente o Centro Cultural de Inclusão e Integração Social, o CIS-Guanabara (Resolução GR-02/2008, de 21/08/2008).
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