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Integrado ao Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais da Unicamp (NEPAM) desde 2009, o Laboratório de Arqueologia Pública “Paulo Duarte” (LAP) nasceu fruto das iniciativas ao redor do tema da arqueologia na Unicamp, desde a década de 1980, e os esforços da arqueóloga Niède Guidon e, a partir de 1992, com as iniciativas do Prof. Dr. Pedro Paulo Abreu Funari (DH/IFCH). Com Funari, o tema da Arqueologia Pública ganhou novos contornos, especialmente com a publicação da Revista de Arqueologia Pública em 2005, e com a constituição, em seguida, de um Laboratório de Arqueologia Pública (LAP), ligado ao Núcleo de Estudos Estratégicos (NEE), em 2006, com instalações no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas.

A partir destas iniciativas pioneiras, o LAP passou a reunir estudantes de graduação e pós-graduação, pesquisadores e docentes, voltados à proposta de perceber a Arqueologia Pública como um campo político que permitisse a construção de diálogos entre as especificidades produzidas no interior da Arqueologia e as comunidades. O LAP propõe uma interação fluida e dinâmica entre a ciência arqueológica e os universos nos quais ela está inserida. Não se trata, portanto, de conceber as pesquisas arqueológicas apenas como diálogos acadêmicos, mas, ao contrário, de buscar a construção e a divulgação desse conhecimento em diálogo com a sociedade.

Associando ao seu nome o do jornalista, escritor e antropólogo Paulo Duarte, responsável pela fundação do Departamento de Cultura e do Museu de Pré-História da Universidade de São Paulo, o LAP se constituiu (e se constitui) como um espaço de congregação de pesquisas acadêmicas que investigam temas relativos aos contextos da Antiguidade ao Mundo Contemporâneo. A especificidade destas investigações encontra-se na escolha teórica e metodológica de traçar embates entre categorias documentais distintas: textos escritos, fontes orais, materialidades, entre outros grupos de documentos, os quais são usados para a análise de questões sobre identidades, subjetividades e gênero. Em grande parte, fruto destas ações de investigação e de doações, bem como a partir de parceria com empresas privadas, o LAP constituiu também um importante acervo arqueológico de várias regiões do Brasil. Muitos dos itens que passam pelo laboratório para preservação e estudo, podem também retornar às suas comunidades de origem, em um movimento de ressignificação social.

Seus campos de atuação são constituídos por projetos de ensino, pesquisa e extensão. O LAP atua diretamente no campo da formação de pesquisadores, divulgação científica, educação patrimonial e cursos abertos às comunidades, fazendo parte de linhas de pesquisa de cursos de mestrado e doutorado da Unicamp. Vincula-se, sobretudo, na reflexão de temas de forte interesse social, tais como: questões ambientais e patrimônio arqueológico, repressão e resistência no Brasil e no Mundo, relações entre passado e presente e, claro, o embate pela democracia e pela construção de um mundo mais justo e plural.

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